29º Domingo do Tempo Comum – Ano A–O que é de César e o que é de Deus
29º Domingo do Tempo Comum – Ano A
O que é de César e o que é de Deus
Evangelho: Mt 22,15-21
Naquele tempo, os fariseus fizeram um plano para apanhar Jesus em alguma palavra. Então mandaram os seus discípulos, junto com alguns do partido de Herodes, para dizerem a Jesus: “Mestre, sabemos que és verdadeiro e que, de fato, ensinas o caminho de Deus. Não te deixas influenciar pela opinião dos outros, pois não julgas um homem pelas aparências. Dize-nos, pois o que pensas: É lícito ou não pagar imposto a Cesar?”
Jesus percebeu a maldade deles e disse: “Hipócritas! Por que me preparais uma armadilha? Mostrai-me a moeda do imposto!” Levaram-lhe então a moeda. E Jesus disse: “De quem é a figura e a inscrição desta moeda?” Eles responderam: “De César”. Jesus então lhes disse: “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.
Explicação do Evangelho:
A região da Judéia foi conquistada em 63 a.C. por Roma, e desde então o pagamento de tributos era feito ao imperador romano. O imposto era o maior sinal de dominação, e esse fato gerava muita polêmica entre os partidários de Herodes (governador) e os fariseus (Templo), que acreditavam que pagar tributos ao imperador romano era o mesmo que reconhecer César como senhor e dono do povo, uma autoridade que tinha poder sobre tudo e sobre todos.
A pergunta dos fariseus dirigida a Jesus é uma armadilha: no caso de Ele admitir o pagamento, poderia ser considerado colaborador do império romano; caso contrário, poderia ser denunciado às autoridades por subversão.
Jesus, porém, responde com sabedoria. Ele não aprova a dominação do imperador sobre o povo, mas reconhece a competência e os direitos do governo quando diz: “devolvam a César o que é de César”, mas deixa claro também que os direitos de Deus são superiores e devem ser respeitados, “devolvam a Deus o que é de Deus”.
Ao imperador pertencem as moedas do imposto onde a sua imagem é impressa, porém, até mesmo ele deve submeter-se às leis de Deus, cuidando com justiça do Seu povo. Só Deus pode ser considerado Senhor das pessoas e do mundo, e ninguém mais, pois em cada um foi estampada a Sua imagem dando liberdade e vida a cada um.
Para Jesus, o importante é que o homem reconheça a Deus como único Senhor. É a Deus que ele deve submeter-se, pois só Ele é o Senhor absoluto de tudo e de todos, e só Ele governa o Seu povo com justiça e liberdade.
Jesus também ensina que o dinheiro é necessário na vida das pessoas, mas o Reino de Deus e uma vida feliz só se adquirem com o amor e a graça do Pai.