31º Domingo do Tempo Comum – Todos os Santos – Ano A – 31º Domingo do Tempo Comum – Todos os Santos – Ano A – Bem-aventuranças
31º Domingo do Tempo Comum – Todos os Santos – Ano A
Bem-aventuranças
Evangelho: Mt 5,1-12a
Naquele tempo, vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e Jesus começou a ensiná-los: “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”.
Explicação do Evangelho:
No sermão que proferiu na montanha, Jesus mostra que só o “servir a Deus” torna o homem feliz, e ensina que a verdadeira felicidade não está nas riquezas, nem na glória humana ou no poder, mas apenas em Deus, fonte de todo bem e de todo amor.
Mas por que será que Jesus começa o sermão falando da felicidade? É natural do ser humano a busca por ela, porém, o homem acredita que pode encontrá-la nos bens materiais que possui, no poder que tudo compra e conquista, no reconhecimento pelos outros de “seu valor”.
Jesus, no sermão da montanha, dá uma receita da felicidade que vai contra tudo isso, pois a receita da verdadeira felicidade é aquela que vem de Deus, e são felizes aqueles que conseguem encontrá-la.
Uma imensa multidão vinda de todos os lugares rodeia Jesus, que aproveita a ocasião para mostrar como todos devem viver. A sociedade daquela época acreditava que os bens materiais eram “graça de Deus”, e a miséria, “castigo divino”. Jesus, então, apresenta uma nova visão desses valores. Ele ensina que a verdadeira felicidade é para os que lutam pela justiça e sentem necessidade dela como um alimento vital e diário (ter fome e sede), porque na plenitude do Reino de Deus não há nenhum sinal de injustiça.
As oito bem-aventuranças relatadas por Mateus formam o verdadeiro caminho para a Santidade e, por essa razão, esse é o Evangelho escolhido para o dia de “Todos os Santos”, não como uma promessa futura a se concretizar além desse mundo, mas para se viver a partir do presente neste mundo. Ser Santo é assumir hoje atitudes de comprometimento com o Reino de Deus, e não agir esperando compensações futuras. A verdadeira compensação está no dia-a-dia, na construção de um mundo melhor, onde reina a igualdade e a fraternidade, pois esse sim é o verdadeiro Reino de Deus que já se encontra no meio dos homens.