Papa Francisco entre os homens mais influentes do mundo
Como terminou o ano de 2015 para o Papa Francisco? Ora, a revista Foreign Policy, em dezembro, incluiu-o entre os 100 pensadores mais influentes do mundo. A cada ano essa publicação norte-americana, especializada em política internacional, identifica os 100 pensadores Globais. E dessa vez o líder da Igreja Católica esteve presente, principalmente por causa da sua encíclica ‘Laudato Si’, sobre o cuidado com a casa comum.
E não só! 2015 também concluiu com a abertura do Ano Santo da Misericórdia. A revista italiana, Credere, publicação oficial do Ano Santo, realizou uma entrevista exclusiva ao pontífice. Nessa, Francisco explicou o objetivo dessa iniciativa: “O tema da misericórdia foi criando importância aos poucos na vida da Igreja a partir de Paulo VI. Foi João Paulo II que destacou fortemente o tema com a Dives in Misericordia, a canonização de Santa Faustina e a instituição da festa da Divina Misericórdia na Oitava de Páscoa”. Nesta linha – disse Francisco – “percebi que existe um desejo do Senhor de mostrar aos homens a misericórdia. Portanto, não é que tive uma ideia brilhante, mas retomo uma tradição relativamente recente, embora sempre existida.. E me dei conta de que deveria fazer algo para continuar essa tradição”.
Refrescando um pouco a memória, o dia oficial de abertura do Ano Santo deu-se com a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, no 8 de dezembro. Depois cada diocese do mundo abriu suas portas santas em datas diferentes. O jubileu foi convocado pela Bula Vultus Misericordiae e irá até o dia 20 de novembro de 2016, solenidade litúrgica de Cristo Rei.
O fim de ano parabenizou também esse grande homem de Deus. No dia 17 de dezembro Jorge Bergoglio cumpriu 79 anos e 15 mil pessoas cantaram-lhe os parabéns na Praça de São Pedro, com direito a bolo do povo mexicano, canções e balões.
Na última audiência de 2015 o Papa, recordando o Menino Jesus, convidou a dedicar tempo às crianças renunciando, para isso, a nossa pretensão de autonomia, e, ao mesmo tempo, a cuidar do Menino Jesus.
Assim falou: ao contemplar o menino Jesus “descobrimos que as crianças querem ter a nossa atenção. Elas têm que estar no centro. Por quê? Porque são orgulhosas? Não, mas sim porque precisam sentir-se protegidas. Precisamos também nós colocar Jesus no centro da nossa vida e saber que, embora pareça paradóxico, temos a responsabilidade de protege-lo”.
Por fim, mas não menos importante, 2015 acabou com um presente para o Povo Brasileiro, principalmente para o povo mais sofrido do Nordeste. O presente veio na carta que o Cardeal Pedro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, em nome do Papa Francisco, enviou à diocese de Crato, no Ceará, dirigida a Dom Fernando Panico, sobre a reconciliação da Igreja católica com o Pe. Cícero Romão Batista. Tal sacerdote, por decanas, permaneceu no escuro da história, embora nunca tenha deixado de atrair milhões de romeiros à cidade de Juazeiro do Norte. Leia uma interessante entrevista que pude fazer à Dom Fernando, na terra do Padim Ciço, no último mês de Janeiro desse ano, 2016. (Veja aqui: https://pt.zenit.org/articles/tiramos-o-pe-cicero-do-escuro-da-historia-disse-dom-fernando-panico/
2016 começou com essa exortação do Papa: “Descobrir o rosto de Deus faz nova a vida, porque Ele é um Pai apaixonado pelo homem, que não se cansa nunca de recomeçar conosco, para encontrar-nos novamente. O Senhor tem uma infinita paciência conosco, nunca se cansa de recomeçar cada vez que caímos”, foram as suas palavras no dia 1º de Janeiro, festa da Mãe de Deus.
Entre outros eventos, o primeiro mês do ano foi marcado também pela Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Assim falou o Papa à delegação ecumênica da Igreja luterana de Finlândia. Recordou que os importantes passos dados juntos estão “construindo um fundamento sólido de comunhão de vida na fé e na espiritualidade, e as relações são cada vez mais impregnadas por um espírito de sereno consolo e de fraterna partilha”.
E agora? Agora o Papa se prepara para visitar o México na próxima semana, 12 de fevereiro. Um evento histórico, porém, acontecerá, pouco antes de chegar à terra de Guadalupe. O Pontífice fará uma breve escala em Cuba (considerado território neutro) onde se encontrará com o Patriarca de Moscou e de toda a Rússia, Kirill. Será a primeira vez depois de séculos que um Papa se encontra com o patriarca da Igreja ortodoxa russa. “Demos tempo ao tempo, deixemos que a história continue a dar os passos necessários”, disse o Pe. Federico Lombardi, em coletiva de imprensa no Vaticano, comentando tal notícia.